quinta-feira, 6 de junho de 2013

A leitura e a escrita em minha vida
Entrei no mundo da leitura aos 06 anos de idade, lendo primeiramente as historias em quadrinhos nos gibis (Bolinha, Luluzinha, Fantasma, O Pato Donald, Zé Carioca, Super-Homem e etc.) e também lendo tirinhas de jornal. No início, só lia as imagens e escrevia apenas o meu nome e sobrenome com letra de forma, pois não fiz o Pré-Primário e aprendi a ler somente aos 07 anos. Mas continuei, em minha adolescência, lendo gibis, revistas e romances, cuja “curtição”, na época, era emprestar, trocar e, eventualmente, comprar.
Tive bons exemplos de meus pais, quanto à leitura e escrita, pois meu pai lia muito – emprestava livros de amigos, pois não podíamos comprar, mas mesmo assim, assinávamos o jornal O Estado de São Paulo e a revista Seleções. Minha mãe tinha uma letra bonita, escrevia corretamente, lia à noite e o meu pai era “contador de causos” e poeta, deixando várias poesias escritas antes de falecer em 1994, sendo que algumas foram publicadas. 
Mas, quanto à literatura na escola, somente na 5ª e 6ª séries é que tive o incentivo à leitura: José de Alencar, Machado de Assis, Joaquim Manuel de Macedo, Júlio Verne, Érico Veríssimo, Ernest Hemingway. A professora que marcou a minha vida escolar foi a Professora Laidinha (Adelaide), que emprestava os livros aos alunos na 6ª série, cobrava a ficha de leitura, com resumo escrito e comentário oral sobre a leitura. Não me recordo de ter, na escola, uma biblioteca, tinha somente um laboratório. Curiosamente, na época, não fomos incentivados a ler Monteiro Lobato. Já, no Magistério, “estudei” sobre Literatura Brasileira e Portuguesa, com ênfase em Camões. No Curso de Letras, li: Lima Barreto, Machado de Assis, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Graciliano Ramos, Euclides da Cunha, Shakespeare, Almeida Garret, Fernando Pessoa, José Saramago e outros.
Meus filhos são ávidos leitores e, embora adultos, quando vêm aqui em casa, trazem livros para trocar e nos presenteiam com livros – a mim e ao meu marido que também adora ler.
Como professora, sempre incentivei os meus alunos à leitura, lendo para eles com entonação, emprestando livros, trabalhando com jornais, debates, seminários e teatro – como, por exemplo, a encenação de diálogos variados e o julgamento da personagem Capitu de Dom Casmurro, de Machado de Assis. Guardo, com carinho, os trabalhos elaborados pelos alunos, frutos de boas leituras e boas pesquisas.
Porém, sempre me atualizo, sou crítica e penso que posso fazer ainda mais por meus alunos. Assim, mais uma vez, estou aqui: na Escola de Formação de Professores para aprender e levar conhecimento.

2 comentários: